O Viking

Nasci em um país de bárbaros, fui criado para ser um guerreiro feroz e conquistar, saquear e escravizar outras nações. Fui um viking, de nome Egil.

Minha mãe tinha visões e me alertava quando eu não deveria acompanhar determinados grupos:
― Eles estão numa nuvem negra, estão sendo caçados pela morte. Fique longe deles. Nenhum voltará.

Como as visões dela não falhavam, desde que nasci, eu respeitava e seguia os conselhos dela.

Um dia, eu pedi para ela me ensinar a ter visões. Eu tinha muita curiosidade de saber como era. Ela me explicou que nasceu assim e quando era criança tinha muito medo das visões, até que o pai começou a pedir para ela ver se ganhariam a batalha, se a plantação daria uma boa colheita, se havia algum traidor no grupo, etc.

Fiquei frustrado por ela não saber ensinar. Comecei a observar tudo o que ela fazia quando consultava os deuses.

Criei coragem e quando ela não estava em casa, fui ao santuário dela e fiz todo o preparativo que ela fazia e fiquei esperando a visão. Nada aconteceu. Repeti isso muitas vezes.

Um dia, eu estava arando a terra para o plantio e vi uma miragem. Guerreiros armados vinham e destruíam nosso vilarejo, incendiando e matando quase todos. Eu, muito ferido, sendo enfiado em uma gaiola e levado não sei para onde. Suei frio. A miragem sumiu e levei alguns minutos para me recuperar.

Corri para casa e contei para minha mãe. Ela foi para o santuário dela e viu o mesmo. Previu a nossa vitória.

Avisamos todos os moradores. Crianças, mulheres e velhos que não podiam mais lutar foram para a floresta procurar bons lugares para se esconderem. Preparamos armadilhas, e esperamos pelos invasores.

Um de nossos batedores nos avisou que eles chegariam em dois dias. Foi um massacre. Não deixamos nenhum sobrevivente, não queríamos nenhum revés.

Passei a consultar os deuses e fui sendo alertado para usar minhas visões para curar através das plantas. Com a prática, eu sabia o que plantar, como colher e como usar cada erva para curar.

Conheci uma linda jovem e me casei. Minha mãe era uma mulher saudável e faleceu dormindo um pouco antes do meu oitavo filho nascer.

Nosso vilarejo nunca mais foi atacado, agora era procurado por pessoas que precisavam de remédios para si ou familiares.

Nessa vida eu despertei para a espiritualidade, mesmo sendo um bárbaro treinado para matar. De matador, eu virei um curador.

Obrigada, Ivan.

Conheça mais sobre quem contou uma de suas vidas.

Ivan

Piloto de uma nave de reconhecimento.

Quem é o convidado de hoje?

― Meu nome é Ivan.

― Com quem você trabalha?
― Para a Federação Galáctica. Sou piloto de uma nave de reconhecimento comandada pelo comandante El Moria Khan.

― Você é um anjo.
― Não. Sou ascensionado.

― Piloto de nave tem alguma outra atividade?
― Sim. O piloto e todos os tripulantes sustentam a energia do raio azul. Essa é a energia da fé, proteção, força e poder.

― Por que nave de reconhecimento?
― Para verificar os lugares que precisam de ajuda e encaminharem para um comando onde tarefas de apoio e recolhimento ou de transmutação são programados.

― Nos lugares visitados você já se apresentou ou se apresenta aos habitantes?
― É raro, mas já precisamos prestar auxílio imediato mais de uma vez e todos os tripulantes se prontificaram a diversos tipos de atendimentos.

― Como você se apresenta ou se apresentou?
― Na ocasião que tivemos que retirar uma população inteira de um planeta que estava se partindo por ser bombardeado por uma chuva de meteorito, apresentei-me com o meu uniforme diário e com a aparência que escolhi.

― Como posso representá-lo?
― Sou alto, rosto agradável, minha mãe diria que sou lindo, pele bonita, olhos castanhos claros, cabelos loiros, quase brancos.

― Pode descrever a sua vestimenta?
― Calça e camisa de um tecido térmico que mantém a temperatura ideal para o corpo, independente da temperatura ambiente. A cor é caqui, azul ou branca. Na camisa, temos uma faixa azul, transversal que sai do ombro até altura pouquinho antes da cintura. Nessa faixa temos algumas tecnologias necessárias. Parecem medalhas ou joias. As mangas são compridas, para a manutenção da temperatura corporal. No cinto também estão vários itens usados nas missões fora da nave. Na calça, temos os bolsos tradicionais, mais dois bolsos na lateral, são ajustadas nas pernas, incluindo os pés, como uma meia. Usamos botas. Esse uniforme impede que em caso de algum acidente formos lançados para fora da nave, o corpo será preservado até ser recolhido.

― Vou tentar retratá-lo.

― Tenho certeza de que conseguirá me deixar mais bonito do que sou. ― disse rindo.

Ele é bem-humorado.

― A sua nave tem cor? Tem algum símbolo? Tem nome?
― A nave que piloto é prateada. Tem duas asas brancas desenhada em homenagem ao arcanjo Miguel. Arcádia.

― O nome Arcádia tem algum significado espiritual?
― Não que eu saiba. Significa um lugar de paz onde todos se divertem cantando ou fazendo poemas.

― Como você chegou aqui?
― O comandante El Moria pediu voluntários para contar o despertar espiritual e os oito tripulantes da nave Arcádia se puseram à disposição.

― Obrigada pelas informações, Ivan. Seja bem-vindo!

Minha experiência: “O Viking”.